Se a rotina de uma mulher já é corrida, a de uma carateca então, nem se fala. Além de treinar 3 vezes por semana, a dona Alinda da Silva, de 55 anos, levanta às 4:15 da manhã para correr, fazer musculação e treinar Kung Fu, já parece cansativo, mas o dia tem muito mais coisas.
“Eu sou muito inserida no esporte, mas aí tenho que cuidar da casa, ajudar meu marido deficiente e cuidar dos nossos animais de estimação. Eu trabalho com Telemarketing durante a semana e ainda tem que dar tempo de sair para fazer feira e ir ao mercado”.
O dia a dia corrido também está presente na vida de Josefa das Dores, de 44 anos, que após se afastar do Karate por mais de 20 anos, resolveu voltar há 6 meses.
“Eu trabalho com comércio de roupas na madrugada e à noite vou para a academia. É corrido, mas encontro tempo por conta do meu amor pelo Karate. Se você não ama o esporte, não consegue”.
Alinda, que veio da Bahia para praticar esporte, concorda que a paixão pelo Karate é transformadora.
“Eu falo para o meu marido que eu me sinto realizada. Minha autoestima aumenta, é muito prazeroso, eu gosto bastante”, conta.